Mas será que nosso país está tão ruim assim? Onde estamos errando?
Quando escutamos meus colegas economistas discutirem eles se colocam em dois grupos distintos, os que defendem o governo e os que são contra o governo.
Se olharmos nosso principais índices econômicos estamos na média mundial. Média mundial que está passando por uma crise seja na Europa seja nos Estados Unidos. A expectativa no Brasil que "decolou"nos anos 2007 - 2010 era que mantivessem crescimento anual acima da media mundial, no mínimo patamares de 3 a 5% ao ano. Pois temos ingredientes para manutenção deste patamar de crescimento, mercado interno continental e oportunidades de investimento de infra estrutura, são exemplos de áreas que catalisariam este crescimento!
Por que então se temos recursos naturais em sobra (18% da água potável do planeta por exemplo) e não conseguimos garantir nosso voo em meio a crise mundial!
Se olharmos nossas reservas cambiais vemos que o Brasil está muito melhor do que estava como capacidade de pagamento, porem se fizermos uma analise qualitativa de nossa economia vemos que o verdadeiro problema brasileiro é a forma que se trata o investimento privado.
Instituições fracas que não se sustentam pela vontade política e um ambiente de corrupção são ingredientes que inibem o desenvolvimento e a distribuição de renda.
O agente empresa gera salário para as famílias e tributos para o governo. São fontes de consumo e gasto publico.
Na minha opinião como economista e empresário só conseguimos uma melhor justiça social através do fortalecimento dos setores produtivos.
O Brasil é um país que pune quem produz, uma legislação tributária tão confusa que nem contratando o melhor escritório de contabilidade do país o mesmo não lhe garante uma segurança que quando um fiscal vá a sua empresa você por mais boa fé que possui esteja correto.
Pagamos os juros mais caro do mundo, dinheiro que poderia ser divido entre a sociedade através de mais investimento e sustentabilidade para as empresas brasileiras.
Com o novo aumento da selic (taxa básica de juros definida pelo banco central) novamente vemos um cenário de aperto de crédito pois o banqueiro ao invés de emprestar para o setor produtivo empresta para o governo que quando gasta mais que devia passa a fatura para as empresas através de mais impostos.
Hoje se uma pessoa compra um produto passa um cheque sem fundo para o comerciante, o empresário além de ficar com o prejuízo anos e anos a vezes até vendo o estilionatário em sua frente de carro novo, não possui arcabouço jurídico e legal que faça com que ele receba o calote e o governo pasmem obriga o empresário a recolher o imposto da venda que ele não recebeu sob pena de uma multa que pode chegar 20% em poucos dias de atraso.
Enquanto estivermos em um país que o governo e muitos trabalhadores souberem apenas dos direitos e rasgarem os deveres não teremos um país que tenha um ambiente propício ao desenvolvimento.
até o próximo post
Leonardo Baldez Augusto
Economista - Consultor de Investimento
Delegado do CORECON - MG
email: leonardo@baldez.com.br
www.baldez.com.br
Skype: leonardo.baldez.augusto