domingo, 9 de março de 2014

Economia 2014 Governo X Empresas

A economia brasileira se vê atacada pelo mundo nos dias de hoje. Agencias internacionais de risco apontam o Brasil como e segundo país mais suceptível a uma nova crise econômica. Perdemos apenas da Turquia!
Mas será que nosso país está tão ruim assim? Onde estamos errando?
Quando escutamos meus colegas economistas discutirem eles se colocam em dois grupos distintos, os que defendem o governo e os que são contra o governo.
Se olharmos nosso principais índices econômicos estamos  na média mundial. Média mundial que está passando por uma crise seja na Europa seja nos Estados Unidos. A expectativa no Brasil que "decolou"nos anos 2007 - 2010 era que mantivessem crescimento anual acima da media mundial, no mínimo patamares de 3 a 5% ao ano. Pois temos ingredientes para manutenção deste patamar de crescimento, mercado interno continental e oportunidades de investimento de infra estrutura, são exemplos de áreas que catalisariam este crescimento!
Por que então se temos recursos naturais em sobra (18% da água potável do planeta por exemplo) e não conseguimos garantir nosso voo em meio a crise mundial!
Se olharmos nossas reservas cambiais vemos que o Brasil está muito melhor do que estava como capacidade de pagamento, porem se fizermos uma analise qualitativa de nossa economia vemos que o verdadeiro problema brasileiro é a forma que se trata o investimento privado.
Instituições fracas que não se sustentam pela vontade política e um ambiente de corrupção  são ingredientes que inibem o desenvolvimento e a distribuição de renda.
O agente empresa gera salário para as famílias e tributos para o governo. São fontes de consumo e gasto publico.
Na minha opinião como economista e empresário só conseguimos uma melhor justiça social através do fortalecimento dos setores produtivos.
O Brasil é um país que pune quem produz, uma legislação tributária tão confusa que nem contratando o melhor escritório de contabilidade do país o mesmo não lhe garante uma segurança que quando um fiscal vá a sua empresa você por mais boa fé que possui esteja correto.
Pagamos os juros mais caro do mundo, dinheiro que poderia ser divido entre a sociedade através de mais investimento e sustentabilidade para as empresas brasileiras.
Com o novo aumento da selic (taxa básica de juros definida pelo banco central) novamente vemos um cenário de aperto de crédito pois o banqueiro ao invés de emprestar para o setor produtivo empresta para o governo que quando gasta mais que devia passa a fatura para as empresas através de mais impostos.
Hoje se uma pessoa compra um produto passa um cheque sem fundo para o comerciante, o empresário além de ficar com o prejuízo anos e anos a vezes até vendo o estilionatário em sua frente de carro novo, não possui arcabouço jurídico e legal que faça com que ele receba o calote e o governo pasmem obriga o empresário a recolher o imposto da venda que ele não recebeu sob pena de uma multa que pode chegar 20% em poucos dias de atraso.
Enquanto estivermos em um país que o governo e muitos trabalhadores souberem apenas dos direitos e rasgarem os deveres não teremos um país que tenha um ambiente propício ao desenvolvimento.

até o próximo post

Leonardo Baldez Augusto
Economista - Consultor de Investimento
Delegado do CORECON - MG
email: leonardo@baldez.com.br
www.baldez.com.br


 Skype: leonardo.baldez.augusto